quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Quanto vale a miséria intelectual e cultural da nossa sociedade?

foto: Tudo se desvaloriza menos o conhecimento - Érica Beltrame

A falsa realidade da sociedade consumista está representada por requisitos da nova era tecnológica, e que são julgados como fundamentais para ampliar, criar, se estabelecer e existir. E isso tudo nos alimenta diariamente. Questiono-me muito sobre isso, e o mais inteligível que consigo alcançar é que existe uma película que cobre a verdadeira realidade da sociedade.
Se o século XIX e o século XX foram pioneiros e tiveram o seu glamour com as novas possibilidades tecnológicas, culturais e econômicas, sem duvida o sucessor século XXI está mantendo o mesmo glamour.
Os grandes avanços tecnológicos têm lançado na vida das pessoas possibilidades de transformações, possibilidades de novos alcances, sonhos que ultrapassam os seus limites financeiros. São essas possibilidades tecnológicas que começam a ditar o que cada ser humano terá que fazer com a sua antiga desprezível existência para que possa no hoje existir. Porque o que me parece é que anterior a todo esse arsenal tecnológico boa parte da sociedade eram vistas como seres desprezíveis e hoje por terem acesso às novas ferramentas, são vistas como alguém inserido, como alguém com acesso, com condições de participar. Pelo menos no mercado econômico é isso que somos condicionados a acreditar.
O que realmente deve ser questionado é se todas essas ferramentas e novas tecnologias estão mesmo elevando o nível intelectual e cultural da sociedade, se com isso tudo é possível uma transformação na miséria mental das pessoas.
Quando o assunto são as novas oportunidades de aquisição no mundo moderno, pessoas rompem de maneira exagerada sua própria segurança para que as possibilidades do mundo moderno, do século XXI possam integrar o seu dia a dia, se pensarmos em um feito como esse para o crescimento intelectual e cultural da sociedade, cairemos em ruínas de erros e falhas.
Hoje o cenário da sociedade brasileira é bastante observado no sentido de checar como anda o comportamento das pessoas diante da era virtual, como anda a postura das pessoas diante das vitrines das possibilidades que as mídias virtuais proporcionam. São diversas as possibilidades mostradas nessas vitrines, mas será que essas pessoas que tanto escolhem que tanto observam e adquirem estão inclusas em uma vida socioeconômica, intelectual e cultural adequada?
 O comportamento das pessoas diante do consumismo não parece sofrer grandes modificações e pais e filhos com os olhos brilhantes ainda acreditam que precisam de todo esse conteúdo para ter uma vida feliz e harmoniosa. A grandeza do desejo foi tanta no século passado que a miséria cultural envolve nossa sociedade atual e o que temos hoje é uma sociedade cega incapaz de perceber que suas manias de consumo basicamente não as favorecem em nada.
Nossas necessidades básicas estão sendo dilaceradas por um sistema de governo corrupto, e a cada dia o que conseguimos fazer é somente enviar protestos via ferramentas tecnológicas enquanto todo o resto é utilizado sem ao menos o consentimento de uma sociedade chamada de “Nação Democrática”.
O que deveríamos estar consumindo? O que deveríamos estar buscando para nossa real inserção?  Qual a postura que deveremos ter diante de tanta destruição pelo simples desejo de se ter?
A resposta talvez esteja em uma simples ação, romper com o condicionamento consumista e buscar o crescimento intelectual.
..Érica Beltrame

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Entre Brechas e Lacunas


E que a Justiça seja feita.
Arquivo Net
Diante dos esforços mantidos por organizações não governamentais e também as que são incentivadas pelo Governo Federal e também por Governos Estaduais e Municipais, que buscam novas técnicas sustentáveis e conscientes para transformar as ações antrópicas que fatalmente estão acelerando impactos ambientais irreversíveis, o esforço do poder judiciário demonstrado pela Juíza autora da ação registrada ontem em Piracicaba para que seja cumprida a lei que proíbe a queima da palha da cana de açúcar, abre um parêntese positivo entre tantos de dúvidas existentes em torno de como se deve fazer e agir diante de leis fundadas em fatos reais e estudos concretos.
Em caráter liminar a Juíza pede a proibição da técnica utilizada na colheita e a suspenção das autorizações e licenças dadas por órgãos competentes, que erroneamente acabam liberando a execução de técnicas e ações que só colaboram com a aceleração dos impactos ambientais. Licenças e autorizações que comparadas aos estudos realizados em parceria desses órgãos, muitas de suas licenças estão contrarias ao que realmente deveria estar sendo executado nos diversos setores industriais sejam eles privados ou público. Exemplo dessas licenças liberadas erroneamente são as cedidas neste caso pela Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental) que está entre os grandes incentivadores de estudos de novas tecnologias para a preservação, reutilização e uso consciente de recursos naturais e que constantemente tem liberado licenças que burlam as suas próprias características.
O ato, o feito do judiciário Piracicabano é importante, porém o fato da ação protocolada pela Juíza ainda ter que ser analisada, não abre somente um parêntese positivo, ao contrario abre também parênteses para uma grande lacuna no entendimento de como deve ser administradas as leis existentes. Lamentavelmente esse é um fato que ocorre igualmente em outras áreas e assuntos assegurados por leis, e que diariamente podemos verificar a falta de cumprimento dessas asseguradas muitas vezes por licenças, pagamento de multas e/ou brechas que ajudam o ato de burla leis.
Certamente o parêntese aberto no momento e não há de ser fechado tão brevemente é o que tece erroneamente e oculta às verdadeiras características das leis e direitos assegurados em uma sociedade organizada democraticamente.
..Érica Beltrame

sexta-feira, 29 de junho de 2012

SucuPiracicaba


Arquivo: internet
Na tarde de ontem a Câmara dos Vereados de Piracicaba, foi palco da democracia segundo declarações do presidente daquela instituição João Manoel dos Santos (PTB), que ao falar sobre todos os vetos feitos naquela tarde às pressas sem nenhuma preocupação em levantar um debate com a população, ou tão pouco de levar em consideração estudos e pesquisas, por exemplo, da viabilidade de uma ciclovia na cidade, disse em uma declaração vazia que “isso é democracia”.
Durante a sessão extraordinária os vereadores decidiram o que é prioridade e necessário para que o cidadão piracicabano tenha seus direitos aos serviços e recursos dessa cidade. É claro e totalmente transparente a falta de entendimento sobre democracia do presidente da câmara dos Vereadores assim como da maioria daquela bancada, que ao vetar as pressas 31 propostas sem ao menos buscar a participação da população ou então sem se comprometer com um debate baseado em estudos e pesquisas sobre as necessidades dessa cidade, os vereadores rompem com todas as diretrizes que poderiam caracterizar este ato como um debate democrático.
O que se entende por democracia é de que está é um ato que garante a participação da população nas decisões do poder público. Definir as pressas em uma votação totalitária certamente não integra nenhuma característica democrática e tão pouco uma preocupação moral em exercer de maneira integra e responsável o comprometimento politico que deveria existir entre esses senhores que hoje formam a bancada de vereadores de Piracicaba.
Se não podemos comemorar um ato democrático, comemoremos então o ato da “dramaturgia contemporânea” da releitura ou adaptação da obra “O bem amado” de Dias Gomes, este é o retorno da cidade de Sucupira, é a vida real dando vida a arte.
Sem dúvidas Piracicaba hoje poderia estar entre os grandes incentivadores da arte cômica, do teatro do absurdo, da dramaturgia burlesca, em uma releitura sucupiranhense. 

..Érica Beltrame 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Rio+20?


Foto: Érica Beltrame
Rio+20 - Há uma discussão em propor ações para que sejam feitas transferências de tecnologias sustentáveis dos países ricos para os que estão em desenvolvimento. Essa discussão é mais um capítulo, das tantas páginas de incertezas que parecem estar compondo as pautas selecionadas para o evento.
A palavra evento é bastante subjetiva considerando que os conteúdos das discussões não estreitam em tomadas de decisões, mas sim em diálogos e elaboração de documentos que possuem convites ao estudo de métodos que podem ser utilizados em pro a causa. Esses debates tem sido uma negação aos estudos e as soluções que estão sendo vistas em resultados significativos do que já é sem dúvida possível de ser utilizado para obter uma melhor utilização de recursos naturais, assim como o que é necessário ser feito para se obter o acesso aos recursos e serviços que oferecem a melhoria na qualidade de vida da humanidade e na preservação do meio ambiente.
O momento é oportuno, a base de estudo nesse momento é de 30, 40 anos, ou seja o que está sendo discutido foi discutido a 20, 30 anos atrás. Se não for para executar o que possuímos de tecnologias e estudos de melhorias na utilização dos recursos naturais em pro a desaceleração dos impactos das mudanças climáticas, só restará à humanidade assistir a divulgação do caos provocado pelas mudanças climáticas. Esses resultados já estão sendo destacados em relatórios como os do IPCC – Climate Change 2001 e o de 2007.
No Brasil veremos a realidade destacada nos diversos Relatórios produzidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, pela Agência Nacional de Águas (ANA), entre outros elaborados por grandes empresas privadas preocupadas nos impactos econômicos de seus empreendimentos. Exemplo de resultados preocupantes são a escassez de recursos naturais devido a má utilização do solo e também a escassez da disponibilidades hídrica em diversas regiões do país. 
Afirmar que o Brasil precisa de incentivos e de apoio para executar a implementação de tecnologias sustentáveis, é contraditório com a realidade, considerando a "cachoeira" de dinheiro que constantemente é gasta em pro ao desenvolvimento político individual, assim como é contraditório ao montante de investimentos que estão sendo disponibilizados para construções com finalidades de atenderem uma demanda designada à um evento esportivo, Copa do Mundo.
É uma tremenda troca de valores, a realidade é que nenhum país quer ter o comprometimento real da implementação das tecnologias sustentáveis.
Assim como a China vem a anos negando seu comprometimento mesmo sendo a maior potencia a contribuir com o aumento das emissões de GEE, o restante dos países negam que já podem iniciar as mudanças necessárias para a preservação e utilização sustentável dos recursos da natureza.


terça-feira, 12 de junho de 2012

A joia dos olhos

Foto: Érica Beltrame
Tomada pela onde de denuncias que estão sendo feitas em relação à saúde pública de Piracicaba, não pude deixar de notar que no meio dessa turbulência toda, um cidadão foi contemplado com um atendimento “extracurricular” nas dependências do UBA do Piracicamirim. Extracurricular pelo fato de estarmos diante da unidade que vem sendo protagonista de um cenário de denúncias compostas não somente por fatos do cotidiano como: mau atendimento, demora do atendimento, falta de remédios, má conservação do ambiente, mas denuncias que são compostas de fatos extremamente graves que levaram pacientes a serem medicados, liberados com diagnóstico errado, colocados em perigo de morte ao retorno de casa. É fato de que existem muitos pacientes satisfeitos com o atendimento dessa unidade assim como em outras do município. Mas é real e frequentes as ocorrências relacionadas às negligencias médicas ocorridas no município, assim como o não comprometimento político e administrativo, da Secretaria da Saúde Pública de Piracicaba e tão pouco do Prefeito Barjas Negri (PSDB), que visivelmente parecem estar satisfeitos com o trabalho pesado das construções em andamento na cidade de Piracicaba. O comprometimento é a ação, agir em pró as melhorias administrativas dessas unidades de saúde para garantir o bem-estar na saúde do cidadão assegura está pela nossa constituição. Comprometimento político em agir com atenção, com planejamento, de forma administrativa no ato de contratação desses profissionais que certamente estão em execução de residência médica, assim como os jovens médicos formados com pouca experiência tendo que tomar decisões muitas vezes fora das qualidades profissionais adquiridas considerando que estão iniciando suas atividades médicas. Fatos como esses que diariamente tem colocado em risco de morte cidadãos piracicabano com problemas graves de saúde.

O comprometimento político e administrativo, para tratar de saúde pública exige planejamento, estudo, reorganização de programas, de tratamentos, manutenção de unidades, ampliação de atendimentos para exames médicos de gravidade. Para se administrar saúde pública é preciso comprometimento, vontade, ação, assim como em uma construção de uma grande ponte, mas diferente de uma construção que tem um período de execução a saúde pública é executada dia a dia.

Ficam aqui os pesares por viver em uma cidade governada por um ex-ministro da saúde que tem como joia de seus olhos a grandeza de uma ponte.

..Érica Beltrame

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Rio+20 – Mais vinte anos para agir?


As declarações do presidente do CGEE, Mariano Laplane, beira o abismo das incertezas que parecem não sair das pautas dos debates sobre as mudanças climáticas e seus possíveis impactos. O possível impacto das mudanças climáticas, de origem antrópica, já foi debate em 1992, em um evento que já tinha como fundamento estudos e pesquisas que apontavam resultados preocupantes indicando transformações irreversíveis no meio ambiente, e mesmo assim o que foi ocorrendo ao longo do tempo, não condiz com toda as ressalvas e alertas feitos em 1992.
As ações antrópicas tornaram-se ao longo dos anos um temido obstáculo na preservação dos recursos naturais do planeta, esse obstáculo vem sendo fortalecido cada vez mais devido ao crescimento   do consumo e do manejo dos recursos naturais. Passado duas décadas o cenário atual remete-se a falta de comprometimento político com os resultados e com as ações que podem ajudar no desaceleramento das mudanças climáticas. Isto é, a falta de iniciativas políticas em torno de investimentos de novas tecnologias e o comprometimento com os resultados dos inúmeros relatórios publicados sobre as mudanças climáticas, como o Climate Change 2001 e 2007 e seus diversos relatórios. Não se pode virar as costas aos investimentos existentes em torno de novas tecnologias que buscam a melhor forma de utilizar e reutilizar os recursos naturais do planeta, assim como o aumento das iniciativas adotadas pela sociedade e por empresas. Mas fechar os olhos para os resultados preocupantes, assim como para os alertas que a cada ano são apresentados em grandes relatórios é sem dúvida estar negando o comprometimento real em agir para garantir o futuro dos recursos naturais do planeta. 
É fato de que em algum momento estagnou-se um desenvolvimento sustentável incapaz de acompanhar a evolução antrópica e a evolução industrial alimentada pela cultura de consumo.
Diante de discursos que indagam ainda o tempo para implantação ou maiores certezas sobre as mudanças climáticas e seus possíveis impactos, o que nos resta é a esperança de que a Rio+20 não nos sirva apenas como indicador do tempo que teremos para assistir os recursos naturais do planeta se esgotar.
..Érica Beltrame

"O que vemos é um confronto de visões bastante peculiar. De um lado temos os pessimistas, que acham que a Conferência não trará resultados efetivos. De outro, temos os muito otimistas, que esperam um grande avanço. Porém, sabemos que mudanças estruturais precisam de muito tempo para ser encontradas e implementadas".
(Rio+20 - Presidente do CGEE, Mariano Laplane) 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Amazonia em Chamas - Eneas Salati

I
Dorme tranqüila e calma,
Floresta equatorial,
Protegendo milhões de espécies,
Do reino animal,
 II
Enquanto assim repousa
A virgem intocada,
Exército aguerrido
De potência infernal,
Prepara em cada canto
Uma emboscada,
A fim de arrebatá-la
Em forma triunfal.
 III
Armas afiadas,
Machado, fogo, serra,
E sem ouvir
O profundo clamor da terra,
As fortalezas
Vencem de arrastão,
Deixando atrás de si
A dor da solidão.

IV
Olhando agora,
Para tristeza minha
E da nação,
Onde a floresta
Existia outrora,
Hoje é pó,
Cinza, carvão!

V
Perdendo enfim
O manto protetor de outrora,
A natureza ri,
E ao mesmo tempo chora...

(Esta poesia foi escrita após sobrevoar áreas destruídas pelo fogo na Amazônia)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tabuadas e o Be a Ba


Não há dúvidas de que os professores das escolas públicas e também das instituições privadas necessitam de materiais atualizados sobre as diversidades que fazem parte da vida cotidiana de toda sociedade, assim como também não há dúvidas de que a própria sociedade em geral necessita de novas idéias e posturas.

O universo visto aos olhos da antiga sociedade, da tradicional instituição de ensino, sofreu consideráveis transformações, isto em esfera mundial. A era onde o que importava eram as descobertas feitas por grandes caravelas, e as tabuadas, perdeu espaço para os assuntos da nova geração globalizada.

A produção de novos materiais didáticos e teóricos na área da educação, não é um assunto próprio para dúvidas, o que é inevitável as dúvidas, são as decisões e maneiras de como o que é urgente para uma construção séria e justa de uma sociedade vem sendo tratada pelos governantes.

Os valores humanos, valores importantes para uma vida que se diferencie dos seres primitivos e animais incapazes de agir perante decisões racionais, devem ser discutidos por toda sociedade, e as instituições de ensino são as principais ferramentas que uma sociedade pode ter, sendo assim elas deveriam ser um importante foco de desenvolvimento para o país. Se existe alguma certeza em volta de todo o assunto, essa é a falta de responsabilidade governamental frente à educação desta sociedade.

Na última semana um vídeo diferente do proposto aos professores, com objetivo didático contra os tantos tipos de preconceito, foi visto por milhões de brasileiros. O vídeo sem muita conotação aos problemas derivados de ações preconceituosas traz uma professora descrevendo de maneira bastante inteligível o cenário rotineiro da educação deste país.

Se os professores são mesmo o foco para que as novas iniciativas expostas pelo MEC funcionem contra as diferentes formas de preconceito, é importante que haja um debate público, onde o processo educacional seja reelaborado inteiramente.
Os educadores brasileiros estão sendo convocados para tratar de um assunto de extrema delicadeza, e o cenário que temos é de uma educação falha em outros assuntos, é de um setor totalmente precário e insatisfeito.

Se, o objetivo é mesmo tratar do assunto diversidades e preconceitos, deve-se dar atenção a todo o conteúdo, pois se não há uma estrutura organizada, satisfeita, empenhada, não é possível propor debates de tamanha sensibilidade. É certo de que a iniciativa é importante, mas também é certo de que a própria estrutura educacional não está preparada para levar tudo isso adiante.

Colocar cartilhas e vídeos na grade da educação sem tratar dos problemas já existentes frente aos professores a mais de duas décadas é estar tratando da reestruturação educacional erroneamente.

Toda ação que possa atingir agressivamente a dignidade de uma pessoa deve ser combatida, o descaso com a situação atual do ensino brasileiro é um exemplo real a ser combatido.

terça-feira, 22 de março de 2011

A escassez natural e de ações


Quando pensamos ou falamos sobre água, a primeira idéia que ronda o assunto é de que a água do planeta está secando e que vai acabar, frente a essa discussão o que podemos ter como certeza é que não estamos diante de um fenômeno natural, estamos diante de um descaso, de uma escassez de ações humanas para preservar.
Estudos sobre o tema água e preservação de recursos naturais têm avançado ao longo de décadas, cada vez mais pesquisadores e os setores de sustentabilidade vêm discutindo e procurando entender o que está ocorrendo com o meio ambiente, muitos desses esforços tem como objetivo obter um equilíbrio para que a escassez não seja tão fatal ao ser humano.
No setor hídrico, por exemplo, é observado cada vez mais o que ocorre em nossos reservatórios de água, e também o que está ocorrendo no processo natural das água. Hoje é comum discussões que apontam que a água natural que alimenta a vida corre o risco de escassez, estudos explicam que esse problema global está ligado em quase tudo que o ser humano é responsável, como o desmatamento, o desperdício, a má preservação e a poluição. Esses são os principais fatores que cercam a escassez da água entre tantos outros recursos naturais do planeta.
No Brasil pesquisadores têm observado o ciclo natural das águas e seus efeitos no habitat do homem, em algumas regiões existem as destruições no período das águas, em outras, existe a seca de reservatórios naturais (açudes, lagos e rios), algumas certezas são apontadas nessas pesquisas, e uma dessas é que esse cenário de destruição ambiental é resultado de milhões de áreas desmatadas, de bilhões de partículas de CO2 soltas na atmosfera, e de muito descaso humano.
Um exemplo deste descaso é o desmatamento da Amazônia que tem sido crucial nas mudanças climáticas. Esse processo de desmatamento e todos os outros que vem destruindo reservas naturais como a de água e/ou mudando o seu ciclo natural, não é mais tão misterioso, o homem sabe que suas ações são responsáveis pela destruição do que é necessário para sua sobrevivencia, mas mesmo assim ano a ano as árvores são derrubadas, ano a ano lençóis freáticos desaparecem na poluição de solos pela atividade agrícola e dia a dia a poluição atmosférica e das águas é alimentada por ações humanas.
Nesse ciclo destruidor o planeta inteiro segue para sua escassez de recursos naturais, demonstrando que suas necessidades de consumo ainda estão a frente das suas necessidades naturais o homem parece estar cego e imobilizado por seus costumes destruidores.
Responsável pelas ações mais destruidoras o homem é sem dúvida a maior ameaça para todo ciclo natural do planeta, pois mesmo com tantos estudos, pesquisas e conhecimento sobre o que destrói esses recursos, as ações humanas não conseguem alcançar um lugar significativo para a preservação e recuperação do meio ambiente.
O ser humano não gera ainda a sustentabilidade que o planeta necessita o ser humano gera capital, e o que podemos esperar desse capital é um efeito dominó, onde o que está sendo recuperado ou preservado é o próximo a cair.

..Érica Beltrame

quinta-feira, 17 de março de 2011

E o Rio de Janeiro vai parar, a banda dos yankees vai passar



Neste sabado 19 de março, chega ao Brasil o presidente dos EUA, e todos sabemos que esses encontros são cheios de detalhes logisticamente falando, mas diferente de outros encontros de lideres mundiais este tem suas peculiaridades bastante curiosa.
Na tarde da última quarta-feira um curioso assunto da comitiva dos yankees circulou pelas redes sociais, a informação foi de que será distribuídos presentes através de um site criado pelo governo americano no qual o internauta pode enviar mensagens de texto e vídeo que serão selecionados e os vencedores ganharão presentes como iPad, iPhones e até um lindo pente e espelho com frases da visita podem ser oferecidos.
Barack já entrou na casa branca como a maior peculiaridade americana, já que é o único presidente negro da historia daquele país, e talvez o único que não tenha feito discurso sobre postura de ex-soldado de guerra. Aqui no Brasil também temos nossas peculiaridades, acabamos de assistir um longo e polemico filme onde o protagonista era um presidente sem estudos, sem carreira política, da classe trabalhadora, dotado de uma capacidade de discursar não samente aos grandes lideres mundial, mas também para a população que o elegeu, não deixou dúvidas que ele sabia mesmo falar a lingua de todos e conseguiu lotar platéias.
Tão pouco nos esquecemos de tal peculiaridade nacional já fomos surpreendidos por outra, uma mulher subindo no mais alto escalão do poder nacional pela primeira vez. Tanto aqui como acolá, essas façanhas tendem a acontecer naturalmente.
A visita yankee espantosamente ultrapassou as expectativas do “ser peculiar” em sua logística. De forma espantosa vai fazer com que a cidade turística do Rio de Janeiro pare no próximo domingo 19, paralisando pontos estratégicos do turismo, só para que esse povo veja a banda passar, tem também a curiosa e insistente idéia yankeana de que o Brasil é mesmo um país de indígenas.
Os indígenas agora americanizados estão novamente trocando suas riquezas por pentes e espelhos, assim como foi feito na chegada dos nossos colonizadores portugueses embreagados em suas grandes caravelas, onde faziam suas trocas com o povo nativo como quem celebrará uma folia. Decadas se foram, mas da mesma forma vemos os “yankees foliões”, atacando com sua “pegada digital" chegando em grandes aviões e sem embreagues nenhuma sabendo muito bem o que querem dessa terra brasilis.
Que o brasilis é o país do futuro todos nós estamos avisados, agora que teríamos que nos comportar como indiginas em plena era digital, ninguém esperava.
Talvés tenha nos faltado a alfabetização na língua e na escrita Tupi Guarani, quem sabe assim teriamos nos protegido melhor, já pensou essa gente toda resolve só comercializar com o país brasilis se for em Tupi Guarani?
Que inventem a tradução simultânea indígena logo, para que o Brasil não morra na praia de Ipanema dançando bunda le le segurando Iphones e fazendo transmissão simultânea sem legenda.

..Érica Beltrame

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Evoluir é inevitável, precaver-se é a saída



Durante décadas o Planeta Terra vem sofrendo transformações e mudanças no que se refere ao meio ambiente, no que se refere aos meios que permitem a vida humana.

Centenas de anos foram necessários para se obter entendimento sobre a estrutura do meio ambiente do nosso habitat, e tudo nele que podemos modificar, porém é urgente que essas ações humanas de mudanças sejam estudadas e elaboradas de maneira mais conscientes e responsáveis, tudo que se refere à área de urbanismo e construção civil precisa ser visto com atenção e respeito a tudo que é natural de cada lugar.

Décadas já se passaram, e as previsões começam a ser mais pontuais mais concretas e seguras, mas os desastres devidos aos eventos extremos da natureza nos dão cada vez mais a certeza de que o ser humano não planejou e não planeja como manter-se no seu habitat. As mortes e destruição é o retrato das ações humanas que há décadas vem sendo executadas de maneira primária e sem consciência.

As ações humanas causa apontada em quase todas as discussões sobre as mudanças e transformações no meio ambiente, devem começar a ser observada não somente pelos intelectuais e pesquisadores do assunto, mas também pela sociedade civil que a cada década parece estar mais ousada e sem limites, atitude essa que vem resultando em um cenário de catástrofe, onde o único culpado é o próprio ser humano.

Cada ação que envolve o meio ambiente necessita de estudos por profissionais qualificados e pesquisadores, o papel da sociedade civil é cobrar que seja feito corretamente, o que vem ocorrendo é um descaso dos poderes e de toda sociedade civil exposta a estas destruições ambientais. Construir em locais como as regiões serranas do Rio de Janeiro é algo que requer atenção especializada e bom senso.

A natureza pode até recuar em alguns ambientes naturais dando espaço para construções urbanas, mas é fato que um dia ela precisará retomar o antigo espaço. Sendo assim resta à sociedade civil começar a não somente reclamar ao poder público, mas também começar a ter bom senso.
Ter a vontade e o dinheiro para construir não é o bastante, a vida humana é frágil aos efeitos da natureza e resta ao homem aceitar e respeitar.

Há mais de centenas de anos que o habitat do ser humano está em transformação natural, e as mudanças provocadas pelo homem também já existem há séculos, décadas, o que não está sendo mudado e nem transformado são as ações do homem diante de todo o processo. E acreditem o processo não é tão longo assim.

..Érica Beltrame

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

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..Érica Beltrame