quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Amazonia em Chamas - Eneas Salati

I
Dorme tranqüila e calma,
Floresta equatorial,
Protegendo milhões de espécies,
Do reino animal,
 II
Enquanto assim repousa
A virgem intocada,
Exército aguerrido
De potência infernal,
Prepara em cada canto
Uma emboscada,
A fim de arrebatá-la
Em forma triunfal.
 III
Armas afiadas,
Machado, fogo, serra,
E sem ouvir
O profundo clamor da terra,
As fortalezas
Vencem de arrastão,
Deixando atrás de si
A dor da solidão.

IV
Olhando agora,
Para tristeza minha
E da nação,
Onde a floresta
Existia outrora,
Hoje é pó,
Cinza, carvão!

V
Perdendo enfim
O manto protetor de outrora,
A natureza ri,
E ao mesmo tempo chora...

(Esta poesia foi escrita após sobrevoar áreas destruídas pelo fogo na Amazônia)

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