I
Dorme tranqüila e calma,
Floresta equatorial,
Protegendo milhões de espécies,
Do reino animal,
Enquanto assim repousa
A virgem intocada,
Exército aguerrido
De potência infernal,
Prepara em cada canto
Uma emboscada,
A fim de arrebatá-la
Em forma triunfal.
Armas afiadas,
Machado, fogo, serra,
E sem ouvir
O profundo clamor da terra,
As fortalezas
Vencem de arrastão,
Deixando atrás de si
A dor da solidão.
IV
Olhando agora,
Para tristeza minha
E da nação,
Onde a floresta
Existia outrora,
Hoje é pó,
Cinza, carvão!
V
Perdendo enfim
O manto protetor de outrora,
A natureza ri,
E ao mesmo tempo chora...
(Esta poesia foi escrita após sobrevoar áreas destruídas pelo fogo na Amazônia)
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