sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tabuadas e o Be a Ba


Não há dúvidas de que os professores das escolas públicas e também das instituições privadas necessitam de materiais atualizados sobre as diversidades que fazem parte da vida cotidiana de toda sociedade, assim como também não há dúvidas de que a própria sociedade em geral necessita de novas idéias e posturas.

O universo visto aos olhos da antiga sociedade, da tradicional instituição de ensino, sofreu consideráveis transformações, isto em esfera mundial. A era onde o que importava eram as descobertas feitas por grandes caravelas, e as tabuadas, perdeu espaço para os assuntos da nova geração globalizada.

A produção de novos materiais didáticos e teóricos na área da educação, não é um assunto próprio para dúvidas, o que é inevitável as dúvidas, são as decisões e maneiras de como o que é urgente para uma construção séria e justa de uma sociedade vem sendo tratada pelos governantes.

Os valores humanos, valores importantes para uma vida que se diferencie dos seres primitivos e animais incapazes de agir perante decisões racionais, devem ser discutidos por toda sociedade, e as instituições de ensino são as principais ferramentas que uma sociedade pode ter, sendo assim elas deveriam ser um importante foco de desenvolvimento para o país. Se existe alguma certeza em volta de todo o assunto, essa é a falta de responsabilidade governamental frente à educação desta sociedade.

Na última semana um vídeo diferente do proposto aos professores, com objetivo didático contra os tantos tipos de preconceito, foi visto por milhões de brasileiros. O vídeo sem muita conotação aos problemas derivados de ações preconceituosas traz uma professora descrevendo de maneira bastante inteligível o cenário rotineiro da educação deste país.

Se os professores são mesmo o foco para que as novas iniciativas expostas pelo MEC funcionem contra as diferentes formas de preconceito, é importante que haja um debate público, onde o processo educacional seja reelaborado inteiramente.
Os educadores brasileiros estão sendo convocados para tratar de um assunto de extrema delicadeza, e o cenário que temos é de uma educação falha em outros assuntos, é de um setor totalmente precário e insatisfeito.

Se, o objetivo é mesmo tratar do assunto diversidades e preconceitos, deve-se dar atenção a todo o conteúdo, pois se não há uma estrutura organizada, satisfeita, empenhada, não é possível propor debates de tamanha sensibilidade. É certo de que a iniciativa é importante, mas também é certo de que a própria estrutura educacional não está preparada para levar tudo isso adiante.

Colocar cartilhas e vídeos na grade da educação sem tratar dos problemas já existentes frente aos professores a mais de duas décadas é estar tratando da reestruturação educacional erroneamente.

Toda ação que possa atingir agressivamente a dignidade de uma pessoa deve ser combatida, o descaso com a situação atual do ensino brasileiro é um exemplo real a ser combatido.

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